quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

TERRORISMO NOSSO DE CADA DIA

O ano de 2014 começa com desejos terroristas. A extrema direita sonha com violentas manifestações para derrubar o governo de Dilma Rousseff. A extrema esquerda sonha com manifestações para acuar a burguesia e criar um suposto “socialismo”. Como vimos em junho de 2013, as duas correntes estavam irmanadas naquilo que para cada uma delas seria a sua redenção.

Sob diversos aspectos, a extrema direita e a extrema esquerda são similares. Há uma anedota que diz que o espectro ideológico é como o globo terrestre: partindo-se de Greenwich, onde seria o centro, no meridiano oposto se encontrariam os fascistas e os esquerdistas.

Quanto se lê artigos de jornalistas “neo-com” (eufemismo para fascista), eles tentam despertar o povo para sair às ruas em meio à Copa do Mundo. Seria o grito da classe média tradicional contra a corrupção e tudo o que está errado desde que Cabral chegou ao Brasil. A extrema esquerda que mobilizar as “massas” para reclamar contra os gastos ditos públicos, contra a FIFA e às desocupações que estão permitindo a construção das obras de mobilidade urbana. Em meio aos dois grupos, a mentira, a desinformação e a manipulação de almas inocentes.

Quanto é gasto com estádios e quanto é gasto com obras de mobilidade urbana? Não se trata da mesma coisa. Na manipulação, são incluídos EMPRÉSTIMOS do BNDES como se fossem recursos do orçamento. Um site (apública.org), apoiado pelas fundações Ford e Open Society, chegou a se desculpar depois de afirmar que se gasta mais dinheiro com a Copa do que com saúde e educação no Brasil.

Veja-se o caso do estádio do Corinthians. Confunde-se a criação de leis de incentivos para atrair empresas para Zona Leste como dinheiro público para a Copa. Já os empréstimos do BNDES são feitos dentro da lógica bancária, ou seja, concede-se um empréstimo mediante ao fornecimento de garantias, não é dinheiro a fundo perdido.

Para quem quer fazer terrorismo, não precisa que algo seja verdadeiro. Basta apenas que caiba no preconceito das pessoas. Construir não é fácil, mas para destruir, basta um palito de fósforo. Que as previsões apocalípticas não se realizem, e que em janeiro de 2015 assistamos a posse do novo(a) presidente eleito num processo livre, limpo e transparente.

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