sexta-feira, 4 de outubro de 2013
THE ECONOMIST´S ADVICE
A edição desta semana (26/09/2013) da revista inglesa THE ECONOMIST está fazendo a festa para a oposição de direita no Brasil. Segundo a publicação, o país perdeu o rumo, o governo é intervencionista e as “reformas” não foram feitas.
Pensando bem, este governo merece crítica, mas não as nessa lógica dela. De fato, o crescimento é baixo, os juros são altos, a inflação bate no teto da meta, há poucos investimentos em tecnologia, há uma grande dependência da exportação de commodities e ainda há o grande déficit das transações correntes. (Que inveja da China!)
No entanto, há críticas e “críticas”. Para a The Economist, porta-voz das finanças mundiais, deve se conter a inflação elevando o desemprego e os juros; dentre as tais “reformas” a mais reivindicada é a eliminação da CLT, depois da privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Critica-se o caráter interventor do Estado (que força as empresas a reduzir os seus vultosos lucros) e pede uma maior abertura econômica. Reclama dos gastos públicos, já que o país destina grande parte de seu orçamento para a previdência, saúde, educação e assistência social.
As políticas preconizadas pela The Economist já foram amplamente utilizadas no Brasil durante a década de 1990. Os resultados disso os brasileiros conhecem muito bem: aumento do desemprego, aumento da dívida pública (apesar das privatizações), desnacionalização, recessão e os maiores juros do Universo sob a gestão de Pedro Malan.
As coisas poderiam ser melhores, assim como eu também poderia ser mais bonito. No entanto, o país tem enfrentado a crise mundial com crescimento e emprego. Há um pacote de concessões de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias em curso. O petróleo do pré-sal já começou a jorrar e bilhões de já movimentam as indústrias do setor. Apesar de elevados, os juros estão nos níveis mais baixos da História recente... O país já está saindo do atoleiro.
Quando leio a crítica da The Economist eu fico otimista: se o grande capital financeiro não gosta dessa política é porque alguma coisa de boa ela tem! Nossos amigos espanhóis, que enfrentam as políticas defendidas pela revista inglesa, que o digam!
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