segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Por que não o Brasil?

Na última viagem à China, em outubro de 2013, fiz dois deslocamentos de trem de alta velocidade (TAV). O primeiro, entre Pequim e Wuhan, de aproximadamente 1200 km.; o segundo, entre Wuhan e Xangai, de aproximadamente 1000 km. Ambas as viagens duraram 5 horas. Em termos de Brasil, seria como viajar de São Paulo a Porto Alegre ou de Salvador a Brasília em 5 horas.

Por aqui, o TAV entre Campinas e Rio de Janeiro é apenas uma possibilidade. E veja que estamos tratando de uma distância inferior a 500 km em linha reta. Na China, a rede de TAV começou a ser montada em 2005 e hoje ela conta com quase 10.000 km.

Me chamou atenção também uma ponte em construção na cidade de Wuhan, mais uma que corta o Rio Yangtsé naquela cidade. A primeira, rodo-ferroviária, foi construída na década de 1950 com forte apoio soviético. Esta mais nova será a quinta. Sua construção teve início no ano passado e já está prestes a ser concluída.

Por aqui, os gaúchos sonham com a ponte sobre o estuário do Guaíba, assim como os caiçaras sonham com uma ponte ligando Santos a Guarujá, uma distância bem menor do que cruzar o terceiro maior rio do mundo. Há até uma foto da ponte, distribuída em 2010 nas vésperas da eleição para governador. Vejam como as coisas ficam bonitas no photoshop:

Agora vejam a maior ponte do mundo, localizada na Baia de Qingdao, província de Shandong, com 41,58 km de extensão. Sua construção durou três anos, entre 2007 e 2011. Maiores informações: http://en.wikipedia.org/wiki/Jiaozhou_Bay_Bridge

Uma pergunta: poderia um promotor ou um juiz de primeira instância bloquear uma obra das dimensões de Belo Monte na China?

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