segunda-feira, 17 de março de 2014

A DIREITA NÃO TEM VOTOS, SÓ GOLPE!

Estamos às vésperas de lamentar o 50º aniversário do Golpe Militar de 1º de Abril de 1964, que depôs o Presidente João Goulart. Aquele ato foi o resultado do ódio acumulado pelas forças de direita contra as conquistas populares e a construção nacional iniciada em 1930, por Getúlio Vargas.

O primeiro golpe ocorreu em 24/08/1954, quando um ultimatum militar exigiu a renúncia de Vargas. Não se curvando aos golpistas, ele optou por tirar a própria vida. Na sua Carta Testamento, escreveu: “Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência”.

As forças do golpe não se intimidaram: quando o povo elegeu Juscelino Kubistchek, em 1955, tentaram impedir sua posse. Ao longo de seu mandato, duas rebeliões da Aeronáutica tentaram retirá-lo do poder: Jacareacanga (1956) e Aragarças (1959), além da tentativa de derrubar o seu avião nesse mesmo ano. Para a direita, JK, ao romper com o FMI e apoiar a Petrobrás, estava levando o país para o comunismo.

A direita só conseguiu eleger um presidente em 1960, Jânio Quadros. No entanto, seis meses depois da posse renunciaria, abrindo caminho para mais uma tentativa de golpe, dessa vez para impedir a posse do Vice-Presidente, João Goulart. O golpe só não se consumou diante da resistência organizada por Leonel Brizola, então governador gaúcho.

A partir de então, até abril de 1964, os golpistas passaram a contar com o apoio do governo dos Estados Unidos que, nas eleições de 1962, despejou, em dinheiro de hoje, 200 milhões de dólares para eleger parlamentares contrários a Goulart por meio do Instituto Brasileiro de Ação Democrático (IBAD), que não só apoiou quadros da UDN, mas também de outros partidos, como Mário Covas, do então PST.

Em 25 de março de 1964, o embaixador dos EUA Lincoln Gordon enviou telegrama a Washington pedindo o envio de armas para os golpistas e também o apoio da IV Frota, que deveria estacionar a dois dias de Vitória (ES) para entrar em combate caso houvesse resistência de Goulart. Não houve.
Em resumo, a direita brasileira não tem votos porque não têm políticas para a nação brasileira. Sem votos, a direita só tem o golpe, o arbítrio e a violência.

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