sexta-feira, 30 de agosto de 2013

UNESP: SUPERAR A INERCIA DA CONGREGAÇÃO

Nesta segunda-feira, a invasão do Prédio de Administração da Unesp de Marília completa 56 dias. O período coincide com a suposta “greve” dos alunos. Por decisão intempestiva e unilateral, uma parcela dos estudantes inviabilizou o primeiro semestre de 2013, além de paralisar parte das tarefas administrativas do campus. Ao longo deste período, as vias para o diálogo sempre estiveram abertas, principalmente no âmbito da própria unidade. Não se esperava outra postura do atual Diretor, Dr. José Carlos Miguel. Ele, ex-presidente da Associação de Docentes, tem sua trajetória na Unesp marcada pela democracia e por sua atuação nas lutas da comunidade, cujo exemplo mais recente foi a suspensão do decreto do ex-Governador Serra, em 2007, que tentava coibir a autonomia universitária. Além disso, as instâncias superiores da Unesp, como a Pró-Reitoria de Extensão, dirigida pela ex-Diretora do Campus de Marília, Dra. Mariângela Fujita, têm buscado junto com a Direção local atender parte das reivindicações dos alunos, como o aumento do número de bolsas de custeio e a ampliação do restaurante universitário. A despeito dos esforços em buscar uma solução condigna para os problemas, persiste a intransigência de parcela dos alunos. Tal postura parece que não será demovida pelo diálogo. Frente a isto, o que fazer? Cruzar os braços e ver o trabalho de centenas de profissionais simplesmente ir para o ralo? Ficar inerte vendo erodir o prestígio de nosso Campus junto à comunidade? Os impasses numa sociedade democrática, em última instância, são superados pela aplicação da Lei. Diante disso, pergunto ao Sr. Diretor e à Egrégia Congregação da Faculdade de Filosofia e Ciência de Marília: até onde continuará a omissão frente à arrogância e irracionalidade de poucos alunos? O Estatuto e o Regimento da Unesp têm algum instrumento para casos como este? A estrutura legal do Estado brasileiro tem algum remédio para esta situação? Se a legislação não é omissa, seria injustificável a inação dos órgãos máximos da Faculdade. Às vezes, prudência em excesso pode ser confundida com covardia. Publicado no Jornal Bom Dia Marília em 16/06/2013

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